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Art > Luzboa 2004, First Biennale of the Art
of Light of Lisbon
Lisbon, Portugal, 2004
The name Luzboa came from playing with the words
LUZ (light), LISBOA (the city) and BOA (good, all in Portuguese),
and it became the first biennale of the art of light. It was created
by Mario Caeiro, President of the association ]extramuros[ and
Marc Pottier, then Cultural Attaché of the French Embassy
in Portugal. They invited a series of contemporary international
artist to dress, with a series of works with light, the historical
centre of Lisbon. Luzboa was also a series of workshops with schools,
an international seminar about light and the publication of a
catalogue. A prize Luzboa-Schréder was held and a specific
book was also published.
[ English text not available
]
Luz-boa. O jogo
de palavras poderá parecer demasiado fácil. Afinal,
em seis letras tudo é dito. Queríamos falar de luz,
queríamos falar de Lisboa e, cerise sur lê gâteau,
da interpenetração das letras surge... “boa”.
Abordar o tema da luz pretende-se assumidamente
com efeito positivo, valorizante, clarificador. Luzboa é
a Bienal da Arte da Luz em Lisboa, cuja primeira edição
teve lugar no Verão de 2004.
Luzboa foi possível porque contou com
o apoio pessoal do próprio presidente da Câmara,
Pedro Santana Lopes, e o entusiasmo de todas as equipas municipais
envolvidas, merecendo destaque o empenhamento da vereadora Maria
Manuel Pinto Barbosa.
Esta famosa luz de Lisboa, noivado entre os
reflexos do sol ou da lua com o Tejo e o reluzir do calcário
da calçada portuguesa que pavimenta os seus passeios, ditou
o nosso projecto. A Bienal é a sua parte mais visível,
mas Luzboa deve ser considerada, antes de mais, como um encontro
de reflexões sobre o tema da luz. Assim, Luzboa são
ateliês, conferências, publicações,
projectos urbanísticos, um prémio, um concurso...
um projecto que se deseja aberto e disponível para todas
as abordagens.
Este livro, construímo-lo como um documento
de referência que possa ser lido para além da reportagem
feita sobre a bienal de arte. Reflecte, naturalmente, toda a fase
de elaboração, todos os encontros que até
ela nos levaram. Introduzimos igualmente intervenções
dos especialistas da luz que havíamos convidado para o
seminário que teve lugar no Instituto Franco-Português
em Novembro do ano passado. Aí, cerca de quarenta especialistas
oriundos de mais de dez países, urbanistas, arquitectos,
cenógrafos, cineastas, cientistas, filósofos, fotógrafos
e artistas deram o seu contributo para esse grande fogo de artifício
de ideias que lançaria o projecto Luzboa.
Neste livro, cujas “entradas” são
portas para a enorme variedade dos ângulos de aproximação
ao tema, figuram ainda intervenções e conferências
que decorreram no Luzboacentro, ao Parque Eduardo Vil em Lisboa,
já durante a Bienal. Algumas anotações ou
assuntos rapidamente esboçados conferiram finalmente ainda
maior ritmo às páginas e a dimensão de um
trabalho em curso.
Luzboa, a Arte da Luz em Lisboa sucede à
obra de Roger Narboni A Luz e a Paisagem, o primeiro projecto
editorial Luzboa, publicado pela Livros Horizonte, prenunciando
futuras publicações sobre os vários artistas
que participam na aventura.
Estamos conscientes de que falar de luz é
abordar uma nova disciplina, porém impregnada de um significante
histórico e filosófico poderoso; que o assunto é
muito sério e merece, no entusiamo que suscita, a maior
atenção. Eis porque a multiplicidade temática
deste livro não deve ser considerada senão como
um conjunto de introduções. No futuro, as edições
Luzboa desenvolverão, pouco a pouco, os temas aqui abordados.
Em poucos anos, o excesso de luz das nossas
cidades privou os nossos filhos de contemplar as estrelas à
noite. É para lhas devolvermos ou para lhas guardarmos
que começamos esta colecção, visando chamar
a atenção de todos sobre a importância do
tema da luz.
Marc Pottier
Embaixada de França em Portugal –
Instituto Franco-Português de Lisboa
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